Expor a farsa eleitoral! Preparar o poder popular!
Companheiras e companheiros de luta!
A hora se aproxima! Em menos de um mês, a grande farsa das eleições se estenderá por todo o Brasil. Como o gado rumo ao abatedouro, o povo brasileiro se dirigirá às urnas eletrônicas, trazendo nas mãos o santinho de seu candidato e no coração a esperança de que a fila seja curta, para, ao tocar em algumas teclas, transferir para um punhado de integrantes da elite a soberania política que devia lhe pertencer. Depois, diante das câmeras da TV Globo, sorrirá seu sorriso desdentado e expressará a fé que, contados os votos, tudo vai ser melhor. Claro, a gente sabe que não é nada disso, mas não podia decepcionar a moça repórter, coitada, tão bonita naquele cabelo cheio de laquê e de maquiagem exagerada...
E assim elegeremos Rodrigo Maia, elegeremos Antônio Palocci, elegeremos Antônio Pedreira, elegeremos José Serra, elegeremos Marcelo Crivella, elegeremos Chico Alencar, elegeremos Delfim Netto, elegeremos Joaquim Roriz, elegeremos ACM Neto, elegeremos Ângela Guadagnin. Elegeremos Luiz Inácio Lula da Silva. Vamos passar mais um atestado de nossa incompetência, de nossa impotência coletiva. Todos os que elegeremos serão ruins. Mesmo que sejam bons, serão ruins - porque, como se sabe, não basta mudar pessoas, é o sistema que apodrece e contamina qualquer um que se aprochegue.
O voto nulo indica nosso inconformismo. O voto nulo estabelece que nós não acreditamos nessa farsa, que nós sabemos que nada vai mudar caso o sistema representativo continue sendo o que é - caso as oligarquias partidárias sejam os intermediários obrigatórios da expressão da "vontade popular", caso o povo comum não possa exercer a política a não ser de maneira tão eventual e tão limitada, caso o poder econômico atue, caso a informação seja provida por tão poucos, caso as esferas decisórias fiquem longe, tão longe, acima das nuvens do Planalto Central. O voto nulo marca nossa rejeição radical da política elitista hoje existente.
Afinal, nós sabemos que, como andam dizendo por aí, a única coisa que aprendemos com uma eleição é que não aprendemos nada na eleição passada.
No lugar dessa política limitada e elitista, precisamos construir novas formas de participação e de representação, que ampliem a igualdade, que redistribuam o capital político. Como? Sei lá! Não existem fórmulas. Existem vagas intenções utópicas... Com elas podemos trabalhar. A tarefa, agora, é negar a política atual. Negá-la da forma mais completa e absoluta possível. O vazio aberto por esta negação permite que a imaginação política coletiva produza novas instituições. E, se não pintar nada de interessante, a gente usa o vazio pra construir um parquinho com brinquedos pras crianças (adultos também podem), três ou quatro churrasqueiras, uma piscina... Para aproveitar os dias de sol, sabe?
O futuro já vai chegar! Aux armes, citoyens!
A hora se aproxima! Em menos de um mês, a grande farsa das eleições se estenderá por todo o Brasil. Como o gado rumo ao abatedouro, o povo brasileiro se dirigirá às urnas eletrônicas, trazendo nas mãos o santinho de seu candidato e no coração a esperança de que a fila seja curta, para, ao tocar em algumas teclas, transferir para um punhado de integrantes da elite a soberania política que devia lhe pertencer. Depois, diante das câmeras da TV Globo, sorrirá seu sorriso desdentado e expressará a fé que, contados os votos, tudo vai ser melhor. Claro, a gente sabe que não é nada disso, mas não podia decepcionar a moça repórter, coitada, tão bonita naquele cabelo cheio de laquê e de maquiagem exagerada...
E assim elegeremos Rodrigo Maia, elegeremos Antônio Palocci, elegeremos Antônio Pedreira, elegeremos José Serra, elegeremos Marcelo Crivella, elegeremos Chico Alencar, elegeremos Delfim Netto, elegeremos Joaquim Roriz, elegeremos ACM Neto, elegeremos Ângela Guadagnin. Elegeremos Luiz Inácio Lula da Silva. Vamos passar mais um atestado de nossa incompetência, de nossa impotência coletiva. Todos os que elegeremos serão ruins. Mesmo que sejam bons, serão ruins - porque, como se sabe, não basta mudar pessoas, é o sistema que apodrece e contamina qualquer um que se aprochegue.
O voto nulo indica nosso inconformismo. O voto nulo estabelece que nós não acreditamos nessa farsa, que nós sabemos que nada vai mudar caso o sistema representativo continue sendo o que é - caso as oligarquias partidárias sejam os intermediários obrigatórios da expressão da "vontade popular", caso o povo comum não possa exercer a política a não ser de maneira tão eventual e tão limitada, caso o poder econômico atue, caso a informação seja provida por tão poucos, caso as esferas decisórias fiquem longe, tão longe, acima das nuvens do Planalto Central. O voto nulo marca nossa rejeição radical da política elitista hoje existente.
Afinal, nós sabemos que, como andam dizendo por aí, a única coisa que aprendemos com uma eleição é que não aprendemos nada na eleição passada.
No lugar dessa política limitada e elitista, precisamos construir novas formas de participação e de representação, que ampliem a igualdade, que redistribuam o capital político. Como? Sei lá! Não existem fórmulas. Existem vagas intenções utópicas... Com elas podemos trabalhar. A tarefa, agora, é negar a política atual. Negá-la da forma mais completa e absoluta possível. O vazio aberto por esta negação permite que a imaginação política coletiva produza novas instituições. E, se não pintar nada de interessante, a gente usa o vazio pra construir um parquinho com brinquedos pras crianças (adultos também podem), três ou quatro churrasqueiras, uma piscina... Para aproveitar os dias de sol, sabe?
O futuro já vai chegar! Aux armes, citoyens!
9 Comments:
Olá Miguw,
Eu vou votar nulo para alguns sin, como o caso de Senador, porque aqui não tem nem como escolher o "menos ruim".
Contudo, dizer que está insatisfeito com o sistema "representativo" vigente é tão inócuo quanto dizer que não é bom o sistema prisional. Eu achei muito interessante a idéia do Akhil Reed Amar, mesmo tendo arrepios de pensar que nesse sistema Rui Pimenta e Eymael poderiam ganhar. Seria mais eficiente querer substituir um sistema por outro do que tentar abolir e ver o que acontece.
Mas se for do teu jeito, vou já avisando que levo um saco de carvão e dois quilos de lingüiça. Não estou com grana para bancar maminha ou picanha.
lindjio, miguw!
"posso até mudar o mundo, mas quero ganhar bem por isso"
http://www.malvados.com.br/
Não há nada mais desprezivel que o voto nulo. Significa que não sabemos em quem não votar. Essa história de que o sistema é malvado e devemos votar nulo é a mais pura manifestação de conformismo. "Deixe como está, nada vai mudar mesmo". Mesmo que estejamos mergulhados em crise politica e instiucional, votar é a única maneira de não escolher os sanguessugas. Ou será melhor votar nulo e deixá-los serem reeleitos, visto as pessoas não lêem jornais e, apesar de verem TV, não gravam seus nomes? Lula será reeleito pela total incapacidade do povo de enxergar seu cinismo. Tudo bem, votemos no Alckmin então! "Ah, não.. mas o Alckmin não pretende manter a tradição brasileira de um Estado enorme, cheio de despesas sem dinheiro no bolso." E isso é coisa dos capitalistas indecentes.. prezar pela eficiência, cortes de gasto, crescimento.. Vote em Alckimin, se estiver instisfeito com "o sistema que apodrece e contamina qualquer um que se aprochegue". Pelo que eu sei ele é a favor do distrital.. Aliás, alguém conhece as propostas do tucano pra julgá-lo e dizer que ele só atenderá às vontades dos "empresários"?
propaganda do alckmin nao cola aqui nao, querida!
voto nulo, já!
voto nulo não é conformismo não, bia. é a compreensão que nesse sistema as coisas não mudam não. veja só você, de tão desesperada resolve acreditar no geraldo walkman... é a prova provada de que a delegação eleitoral não tem futuro.
contra o voto nulo se une toda a elite política, do pfl ao psol, sem esquecer do tse, da associação dos magistrados e mesmo o famoso conselho nacional da juventude. se tem tanta gente ruim contra nós... bom, algo de bom nós devemos ter!
O Alckmin é a favor do voto distrital? Que bom! Mais um motivo para minha extensa lista de motivos para não votar nele. Valeu Bia! Vc me poupou de ter q ler o programa do Alckmin.
Bom ponto do Birigüi... desde quando voto distrital é avanço em alguma coisa?!?!?
Ah..quem defende isso é o FHC... o Alquimista defende o misto... até porque ele sabe do absurdo que é defender este sistema... como candidato ele só propõe meia cagada... o tolete inteiro vem depois da eleição...
A única contribuição que o voto distrital teria seria para a "governabilidade", esta forma pouco se lixa pra representação... e se for para contextualizar com a "crise" política, o problema que todos tem é muito mais com a REPRESENTAÇÃO, apesar de algumas pessoas num instinto "meio" autoritário chegam a pensar que é tudo porque existem problemas de governabilidade... e blá, blá, blá... isso tá virando um post... depois eu falo melhor desses rolos.. eheheh
E depois nós é que não temos argumentos...
Vota no PSTU. Aquele do lema "Fora todos!"
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